sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Milagre das Prestações Decrescentes em Imóveis

Quando pensamos em comprar um imóvel financiado, dá um frio na barriga. Não é à toa, há poucos anos o sonho da casa própria tornou-se um pesadelo, as prestações e os saldos devedores bateram na estratosfera. Impossível pagar a conta e se ver livre da hipoteca, deu-se um nó no sistema levando a cadeia produtiva da construção civil, esta comprovadamente imprescindível ao desenvolvimento do País.

O Sistema Financeiro da Habitação foi esquecido, sepultado com toda a ineficiência na esteira do novo SFI, Sistema Financeiro Imobiliário. Agora, o negócio apresenta segurança jurídica para ambos os atores, tanto o comprador, sabendo o valora da primeira até a última prestação, quanto o banco, que, detendo o domínio do imóvel, com a possibilidade de reavê-lo caso o comprador fiduciante atrase as prestações em mais de 90 dias.

A inadimplência continua baixando com índices mais aceitáveis, apresentando melhora. Hoje, o imóvel é recolocado no mercado mais rapidamente por meio de leilões e venda direta, reciclando-se o ativo. Ainda sobre a inadimplência como componente natural do crédito, se há crédito haverá inadimplência. Muitos são os fatores, mas a combinação de 100% de financiamento, renda informal e valor do imóvel acima da capacidade dos compradores são os fatores mais determinantes para a ocorrência.

Muita gente me pergunta sobre o "subprime", se no Brasil corremos este risco, como houve nos EUA uma crise imobiliária, uma bolha. Diria que não, o sistema brasileiro ainda não opera com esta modalidade, que é o refinanciamento do mesmo imóvel para o mesmo promitente comprador por preço mais elevado, com a diferença a seu favor.

Sim, mas como se dá o milagre das prestações decrescentes? Com a estabilidade da economia, as prestações calculadas com base no sistema SAC, Sistema de Amortização Constante, permitem o pagamento de juros e amortização do saldo devedor, ou seja, vão diminuindo com o passar do tempo. O cálculo anual da prestação é sempre o saldo devedor dividido pelo prazo restante... Complicado? Nem tanto.

Outro ponto extremamente positivo são os seguros. Dentro do SFI, os capitais segurados compreendem prêmios anuais de R$ 310,24, contra R$ 620,00 nos seguros tradicionais. Então haverá segurança quanto à integridade física do imóvel e, na eventualidade da falta, deixar o bem quitado para a família.

Olhando para o futuro, tem-se a impressão clara do que nos espera. Procure o imóvel com foco além das tradicionais recomendações de nascentes, claros à sombra, ventilados, com vista agradável, rua calma e garagem, mais próximos ao seu trabalho, que apresentem vias de tráfego mais livres. Hoje, fugir do trânsito também é uma externalidade, um benefício.

Valorize sua condição de consumidor, procure profissionais idôneos, empresas com contratos já firmados com os bancos, verifique se há o seguro de término de obra para os imóveis na planta ou em construção.

Lembre-se: o imóvel é um bem de consumo durável e a relação comprador-empresa-banco é duradoura, levando anos a fio de satisfação na maioria das vezes.

Mas, como essa condição não é uma verdade absoluta, prepare-se e vá às compras.

Bons negócios!

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